quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tenho um caderno vermelho bem pequeno.

Escrevo pouco. Meu caderninho não tem presente passado ou futuro. Ele é vermelho. (Já escrevi isso... mas quis repetir!) Meu caderninho tem os códigos de todos os meus segredos, que não interessam a ninguém. Escrevo tudo que não sei para ler depois e quem sabe...
Escrevo e leio, e o que não escrevo também está nele. Em sua cor em seu tamanho em seu jeito de pulsar vermelho e curto.
Engraçado é que antes eu achava que escrevia do meu passado... Mas meu caderninho encolheu e nem mesmo passado bonito cabe, nem mesmo vermelho...Tive que guardar em caixinhas.
No meu caderno pingaram lágrimas. Escrevi novos segredos por cima delas, para ler o que e por que em mim brilha vermelho, e o que brilha em outras cores. Entender que cores frias também cabem em um caderno.